quarta-feira, 18 de maio de 2011

A força da amizade!

Diz o  provérbio português que mais vale um amigo na praça que dinheiro em caixa. E quando se tem dois, três, quatro... anjos? Privilegiada, tenho dois. Suzana, irmã de sangue, meu amparo, meu limite e minha razão. Diferentes no temperamento, iguais na vida, nas experiências. Ela brinca que em outra encarnação fui sua obsessora e a levei para o mau caminho. Hoje, tenta me resgatar com conselhos, carinho e amizade.

Mais do que amigas, cúmplices. Na infância, ela encarava minhas provocações com lágrimas, mas sempre parcimoniosa. As chineladas e castigos de minha mãe, na maioria das vezes resultado de minhas transgressões, eram logo perdoados.  Quem não conseguia esquecer era a palmatória, que vivia grudada em mim. Dia sim, dia não, lá estava à danada envernizando as palmas de minhas pequenas e frágeis mãos. Mais isso é outra história. Vamos voltar aos anjos da guarda.

Hoje, confidentes, leais. Passamos dias sem nos ver, mas basta um esbarro para começarem os cochichos pelos cantos da casa. Com um olhar, um riso maroto e lá vamos nós trocando segredinhos, provocando a ciumeira da família e curiosidade em minha mãe. O que essas meninas tanto falam? Sei lá, vó. A senhora não sabe que elas vivem de segredo?, responde minha filha. A dela sai logo correndo para pescar algumas palavras.

Como irmã mais velha tenta impor limites, enquanto eu insisto em ensiná-la a paixão da vida, a irresponsabilidade do querer. Pérola para os amigos, sensata na visão dos parentes, generosa com os próximos, Suzana é paz, tranqulidade. Apesar de eu ser guerra, fogo, ela me acolhe com o sorriso e acalento com o olhar.

Tenho outro anjo, Carolina. Quando a conheci parecia mesmo um ser celestial: cabelos loiros e encaracolados, olhos claros, voz mansa e sorriso sincero. Entre uma carona e outra após plantão de sábado na redação de emissora de televisão nasce uma grande amizade, daquelas que não precisam da presença física ou troca de gentilezas. Dizemos ser sócias. Não nos negócios (que negócios, pobres mulheres trabalhadoras?). Na amizade, cumplicidade.

Está com problema, lá está Carol. Chora o seu choro, ri o seu riso, escuta as lamentações e acalma o seu coração. A filha de dona Glória é assim. Irmã por mim escolhida, imposta. Não aceito recusa. Pessoa de sorte essa tal de Suzete, que reclama de barriga cheia, melhor dizendo, de coração. Neste exato momento tento arregimentar outro anjo. Melhor dizendo um cãozinho chamado Eri.

4 comentários:

  1. Obrigada pelas palavras carinhosas.
    Sabe que é verdade, pode contar sempre com minha amizade sincera. Fico feliz de ter nascido nesta familia e prinncipalmente de ter tido a oportunidade de ser sua irmã, pque com você eu aprendo o valor de uma família, e ser uma guerreira.
    Suzana Nocrato

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  2. Obrigada pelas palavras carinhosas.
    Sabe que é verdade, pode contar sempre com minha amizade sincera. Fico feliz de ter nascido nesta familia e prinncipalmente de ter tido a oportunidade de ser sua irmã, pque com você eu aprendo o valor de uma família, e ser uma guerreira.

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  3. Ai meu Deus! Só tu mesmo pra me fazer um carinho desse tamanho!

    Sorte tenho eu, a filha da dona Glória, de poder conviver contigo, compartilhar tantas experiências e aprender a essência da vida.

    Beijo bem grandão, filha da dona Lúcia!

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  4. Eis-me aqui Dona Suzete. Mulher já arregimentada para as suas lutas. Como a sua Mariana, filha também de uma Dona Suzete cuja fortaleza é semelhante à sua. Beijos

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