Rimos e sofremos juntas. Dividimos histórias, construímos laços, escolhemos caminhos diferentes, realizamos projetos distintos, tocamos corações, andamos por outras paragens, fizemos amigos, mas sempre presas a mesma viagem. Iniciada lá atrás, na terra amada, forte, revigorante. Cada uma com suas experiências e vivências. Juntas, um ser indizível.
Cada qual a seu jeito, imenso trabalho deram na infância. Difícil era torcê-las, retorcê-las, medi-las e desmedi-las. Desafiavam as caudalosas águas do rio Jaguaribe, brincavam de gente grandes nos guizados, feiras e quermesses. Foi-se a turbulência ativa das crianças e com ela a inocência do querer. Chegaram a brejeirice, tertúlias, namoros, serenatas (para duas delas), despedidas
E o tempo se foi. Deixou saudades, acumulou medos, serenou corações, fertilizou alegrias. Na maturidade, reencontro com a meninas desafiadoras, tímidas, serenas...Belas. Tudo é motivo para gargalhadas, presentes, brincadeiras. Arengar também é permitido. Peixe, camarão, doces, sorvetes, bebida. Fartura na mesa e nos corações.
Fim de tarde, abraços, beijos, novas despedidas. Reencontro marcado. E lá se vão as cinco senhoras-meninas para suas vidas à espera da viagem no próximo mês.